As empresas portuguesas sempre aparecem nos rankings das empresas com maior índice de responsabilidade social e ambiental. Geralmente esses números são mostrados em gráficos e quantificados, porém como transformar números em realidade e mostrar a todos o empenho necessário para trazer mudanças além dos gráficos?
Grandes empresas geralmente têm grandes preocupações em construir uma imagem atrelada a responsabilidades sociais e ambientais, tanto pela visibilidade que elas possuem quanto pela quantia de capital que elas produzem direta e indiretamente. E como diria um super herói, grandes poderes trazem grandes responsabilidades, não basta contribuir com a economia do país e com a geração de empregos, é necessário estar atento às necessidades sociais que circundam a realidade destas grandes corporações.
Produzir riqueza é importante para movimentar a economia e gerar possibilidades para que pessoas de talento desenvolvam suas habilidades nestas grandes companhias. Porém a opinião pública tem pesado cada vez mais nos administradores. Não apenas criar riqueza mas saber também seu papel social e como retribuir à comunidade parte do capital que conseguiu acumular.
Vemos todos os dias na imprensa digital, escrita e em telejornais, os números bilionários dos lucros obtidos por grandes companhias portuguesas. Parte dessa riqueza é destinada a projetos sociais, principalmente na educação e formação de jovens e adolescentes, porque para muitas dessas empresas, a educação é a melhor arma contra a pobreza e miséria, investir em uma educação robusta é uma aposta certa para que esses jovens tenham acesso a boas oportunidades no mercado de trabalho ou em postos governamentais, muitas das vezes esses mesmo jovens acabam sendo cooptados pelas mesmas empresas por apresentarem grande competência na execução de seus trabalhos.
Assim como acontece na Alemanha, muitas empresas investem fortemente no setor educacional, dando bolsas e oportunidades de estágios em suas empresas, muitos desses jovens acabam sendo efetivados e trilham grandes carreiras nas empresas alemãs, exemplo que talvez possa ser copiado aqui em terras portuguesas.
Sob os holofotes da mídia, pressão social e também vontade de transformar o mundo, as grandes empresas portuguesas estão alinhadas a essa nova face da sociedade e do consumo, muito além de oferecer serviços e produtos de qualidade, uma grande empresa deve investir na questão social para contribuir com a diminuição da desigualdade e pobreza no mundo.
Para além de questões econômicas, o novo mercado exige das grandes corporações responsabilidade social e ambiental, uma forma de devolver à comunidade aquilo que recebe de seus consumidores, entender o novo perfil do consumidor, que preza por um mundo mais justo e igualitário requer pesquisa e investimento para além dos escritórios de marketing e propaganda, é necessário ter um novo olhar sobre o mercado consumidor, e apreender essas novas necessidades que vão além de apenas consumir, mas consumir com responsabilidade, se possível com responsabilidade social e ambiental.
As empresas que conseguem entender o novo mercado certamente terão mais êxito não apenas nos seus lucros, mas em construir um mundo mais justo e com maior número de oportunidades para todos.